1995 - 1998 Brincando de ser poeta

"O que sentir?"

O que sentir 
Se a dor e a alegria estão em equilíbrio?
Se no peito bate um coração aflito
Machucado?
Se a alma já não está inteira
E o corpo estilhaçado?
O que sentir
Se a vida te pregar uma peça
E por alguns instantes nada mais existir?
E se alguém que amamos se for
E não mais voltar?..
O que sentir
Vendo a nossa vida passar
Enquanto estamos presos
Parados
Chorando!
Sem querer acreditar no que agora é real...
Se queremos acreditar
Mas não temos mais forças
O que sentir?
Se o mundo resolver girar contra nós...
O que sentir?!

1995 - 1998 Brincando de ser poeta

"Quem é você?"

Observe meus olhos
e me digas o que vê.
Se sabes
responda
pois eu não sei dizer.
Se é sofrimento ou felicidade
angústia ou raios de liberdade...
Isso dependerá de você
saberás me dizer?!
Talvez o que diga
não seja o que vê.
Talvez o que veja
não seja o que sinto.
Observe meus olhos
e tente entender:
Os mistérios que vê
a qualquer momento podem sumir
como podem reaparecer.
Desvende os meus olhos
e poderás me dizer:
Que pessoa é você
que pode os meus olhos ler?!


Nada sei dizer

Tantas coisas me disseste
que sou capaz de preencher o livro da vida
somente delas.
Para ti eu já fui rosa,
branca como a paz.
Fui espírito cheio de luz,
Fui anjo,
Fui mistura de tempero e criança.
Fui amiga,
Fui quase e 
depois irmã...
De tantas coisas me chamaste,
perdi a conta,
perdi o sono, 
ganhei a vida...
Agora te canto versos desafinados
e busco o teu perfil,
mas é tão complexo,
impossível de se traduzir.
Busco uma flor,
São tão delicadas...
Mas tantas têm o teu perfume,
perfume de vida.
Busco uma estrela,
mas elas têm um brilho tão frágil
perto dos teus olhos...
busco tudo,
só encontro um poema,
de uma poeta caduca
de sonhos a viver.
Tantas coisas me disseste
e eu,
nada consigo dizer...




(Para Amanda Benedetti)


É faz tempo que não posto nada, não por não ter nada para dizer, mas por falta de vontade de dizer....todo ano é assim: o fim e o recomeço!
Mas hoje.. vi uma postagem de um amigo no face com uma música que, simplesmente, amo! É minha vida, sabe aquelas que parece que foi a gente que escreveu de tanto que se parece com o que a gente pensa, sente... então.
Saudade...
Vale a pena ouvir! Não é uma poesia minha, mas pra mim, é como se fosse, de tão minha que é. ;)

Salve, salve Renato e Cássia!

Abraços poéticos...
















E tudo muda... em um instante!